Charles, juntamente com seu irmão Maurice fundaram a agência de publicidade Saatchi & Saatchi que viria a se tornar uma das maiores do mundo nos anos 80, posto que ocupa ainda hoje. O livro, porém, como o próprio título sugere, fala da relação entre o autor e o mundo da arte. Um detalhe que eu não sabia sobre Charles é que ele também é um dos maiores colecionadores de arte moderna do mundo.
O livro é uma coletânea de perguntas elaboradas por jornalistas, críticos e membros do público, e suas respostas mostram um pouco da personalidade e caráter do autor. Outro detalhe sobre que torna o livro tão interessante é que, apesar de ter construído duas carreiras de extremo sucesso (publicitário e colecionador de arte), Charles é avesso a entrevistas e a aparições públicas, não visitando nem mesmo as cerimônias de abertura de duas próprias exibições.
Infelizmente o livro fala muito pouco sobre publicidade, sendo 99% do conteúdo dedicado para a arte, onde ele opina sobre os melhores artistas do século, as exibições mais influentes, as diferenças entre uma boa peça e outra ruim (arte moderna pode ser algo bastante complexo para se qualificar), quais as peças preferidas dele, as pessoas desse ramo que ele admira, enfim, toda sua concepção sobre o mundo da arte.
Ele relata brevemente sobre como iniciou sua carreira na publicidade por acaso e, como a sorte o ajudou a tornar-se um protegido de Colin Millward e também a começar sua carreira trabalhando com o então trainee John Hegarty.
A leitura torna-se interessante pelas respostas diretas, ora irônicas ora cínicas, que Charles dá a várias das perguntas, mas principalmente por trazer uma idéia sobre quais são as motivações, as inspirações de um profissional tão bem sucedido e criativo quanto ele.
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