terça-feira, 22 de março de 2011
A CONQUISTA DO ESPAÇO
quarta-feira, 2 de março de 2011
COBRINDO-SE IDEIAS
Idéia central e argumentos
Em sua aclamada e vendedora de milhões de cópias ao redor do mundo, de Bono nos apresenta a técnica dos seis chapéus e também o conceito de pensamento paralelo, criados com o propósito de simplificar o raciocínio por permitir que o pensandor trabalhe com um aspecto psicológico de cada vez.
Cada um dos chapéus tem uma cor e um significado diferente. Eles representam o ângulo ou ponto de vista que deverá ser utilizado em determinado momento na abordagem do problema em questão. O termo “chapéu” foi escolhido por ser de fácil visualização o ato de retirar um chapéu e colocar outro, assumindo cda vez um diferente modo de pensar.
O livro é dividido em 43 capítulos e também em seis grandes divisões, uma para cada chapéu. O chapéu branco é usado para fatos e dados brutos; o vermelho para sentimentos e intuição; o preto para problemas e ameaças; o amarelo para pensamento construtivo; o verde para criatividade e o azul para controle e direção.
Exemplos e estudos de caso
Ao longo da leitura o autor mostra exemplos de várias situações comumente encontradas em reuniões e processos de tomada de decisão, e como a aplicação da técnica facilita o fluxo de idéias e estimula a expressão individual através da impessoalidade do “uso” alternado dos chapéus.
A utilização desta técnica promove a aplicação de outro conceito criado por de Bono, chamado pensamento paralelo. Consiste em mostrar todos os ângulos de um problema/assunto aos participantes, e estes discutirão o assunto um “lado” de por vez, utilizando todos os chapéus. Assim o problema é “quebrado” em segmentos menores e específicos, permitindo a organização do uso das diferentes facetas da mente.
De acordo com o autor, a técnica dos seis chapéus é utilizada em várias empresas ao redor do mundo, incluindo IBM, NASA, Shell, Fedex e outras, além de governos, órgãos oficiais e diversas instituições. Segundo de Bono, este método pode ser a mais importante mudança no pensamento humano ocorrida nos últimos 2300 anos.
Pontos de destaque
Tendo ouvido falar do método anteriormente mas desconhecendo-o completamente até então, me surpreendeu o fato de ser tão simples e de apresentar um potencial tão grande ao mesmo tempo. Quem já participou de uma reunião em grupo, seja no trabalho, na faculdade ou em família, sabe o quanto é fácil se perder dos objetivos iniciais e se envolver em discussões completamente alheias ao foco do problema. Recomendo bastante a leitura do livro e também a aplicação prática da técnica.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
GUIANDO A MENTE
Idéia central e argumentos
O autor se propõe a apresentar a técnica de ‘mapeamento mental’ (mind mapping) e também o conceito de ‘raciocínio radiante’ (radiant thinking) que foram criados com o propósito de “controlar a natureza e o desenvolvimento dos processos de pensamento” e mostrarque “a habilidade depensamento criativo é teoricamente infinita”.
O livro é estruturado em seis divisões: arquitetura natural, fundações, estrutura, síntese, usos e anexos. As três primeiras divisões explicam o funcionamento do cérebro humano, as habilidades dos hemisférios esquerdo e direito, e as recomendações de como melhor construir um mapa mental. As trêsúltimas divisões explicam quais tarefas mentais podem ser otimizadas, além de vários exemplos de situações em que os mapas podem ser aplicados.
Embora mantenha sempre uma linguagem acessível e apresente casos e exemplos de simples compreensão, os autores alongam-se demais para chegar ao ponto principal, que é justamente a aplicação prática do conceito, o que pode fazer diminuir o interesse pela leitura.
Exemplos e estudos de caso
O livro traz em seu miolo algumas páginas coloridas com vários exemplos de mapas mentais feitos por diversas pessoas e com os mais variados objetivos. Podemos observar mapas para tomada de decisões, estudo para provas e exames, explicação de temas mais detalhados, processos criativos, e também para o ensino, destacando o mapa mental de aproximadamente oito metros de extensão feito pela Boeing para ensinar um novo processo a um grupo de engenheiros.
De acordo com os autores, mapas mentais podem e devem ser utilizados para ajudar na memorização de assuntos complexos ou detalhados, na estimulação da criatividade e na facilitação do aprendizado. Por envolver o raciocínio através da escrita, do poder de associação entre palavras e significados e também a visualização de ícones relacionados, o mapa mental proporciona a melhora na retenção de informações na melhora, além de ser um arquivo impresso sobre determinado assunto que pode ser resgatado e estudado a qualquer momento.
Pontos de destaque
Embora o assunto seja muito interessante e de grande relevância, achei a leitura mais extensa do que poderia ser, além de um pouco falha na estrutura de organização e um tanto irritante na insistência com que o livro se auto promove. Mas talvez deva ser porque o autor é mais um estudioso da mente do que um escritor, problema parecido com o dos livros sobre pensamento lateral de Edward de Bono. Mas o mapeamento mental é uma técnica que vou começar a pôr em prática e testá-la eu mesmo, e com certeza farei pelo menos mais uma releitura deste livro ou de algum outro relacionado ao tema.
domingo, 30 de janeiro de 2011
TRATAMENTO DE CHOQUE
Idéia central e argumentos
Uma boa idéia pode lançar uma marca ao estrelato. Um poderosa idéia pode mudar as regras do mercado. A história da publicidade é contada através dessas poderosas idéias e seus autores, alguns deles considerados os maiores gênios da profissão. No entanto, a complexidade da concorrência atual juntamente com a mudança de atitude do consumidor em relação à publicidade, tornaram a aparição dessas idéias algo muito raro. Buscando uma forma de garantir que a produção de idéias brilhantes não seja relegada ao acaso, o grupo BDDP desenvolveu o método de planejamento de comunicação chamado Disruption.
O método consiste em um processo formado por três passos básicos: Convenção, Disrupção e Visão. Na Convenção é feita uma análise visando identificar os principais problemas enfrentados pela marca. No estágio da Disrupção é elaborada uma idéia radicalmente inovadora. A Visão refere-se ao objetivo final a ser alcançado pela disrupção.
Exemplos e estudos de caso
Embora descreva a estrutura de um processo a aser aplicado no estágio de planejamento, o livro não pretende se apresentar como um manual a ser seguido a risca. Todos os estágios do processo são explicados através de extensa utilização de exemplos reais de camapanhas que atingiram grande sucesso e mudaram as concepções das pessoas.
Ao fim do livro o autor lista em quatro páginas o nome de todas as campanhas citadas ao longo da obra, mas o fato é que algumas delas são citadas muito mais vezes do que o restante. É o caso da Levi’s, Apple, Brittish Airways, Virgin, McDonalds e mais algumas que foram selecionadas para demonstrar a utilização de mais de uma das etapas da metodologia e provam os resultados positivos que podem obtidos.
Embora tenha sido escrito de modo a descrever o processo Disruption, o autor se utiliza em demasiado de execuções específicas e acredito que o conteúdo seria mais rico se esses casos fossem expostos ao lado de descrições mais detalhadas do processo ao invés de substituirem tal explicação.
Pontos de destaque
Algumas das descobertas do livro podem parecer lugar-comum hoje em dia, como as afirmações de que o aspecto emocional da marca é mais poderoso do que suas qualidades físicas, ou que o mundodigital exige um relacionamento pessoal e individual com cada um dos clientes, mas são justamente essas colocações que fizeram desta obra um clássico e obrigam a todos os planners a sua leitura.
domingo, 23 de janeiro de 2011
CAPITALISMO SELVAGEM
Idéia central e argumentos
A motivacão da autora é nitidamente manifestar uma pesada crítica ao chamado “big business” – imensas companhias multinacionais que varrem o planeta a procura de um lugar onde possam terceirizar sua producão a um custo mínimo e outro onde possam vender seus produtos e divulgar suas marcas ao máximo. Dividido em quatro partes – No space, no choice, no gols e no logo, Klein descreve com riqueza detalhes como a propaganda se apoderou de todos os espacos possíveis, desde a mídia até as ruas, prédios e pracas públicas, para vender uma imagem quase sempre contraditória a realidade. Explica como essas companhias pressionam as outras menores de modo a liquidar qualquer concorrência e como a transicão dos empregos de manufaturados dos países desenvolvidos para a os subdesenvolvidos representa uma grande piora na vida das pessoas, independente do país de onde elas vieram.
Exemplos e estudo de caso
A obra dá especial ênfase ao caso da exploracão do trabalho nas EPZ (export processing zones) onde milhares de pessoas em sua extensa maioria jovens mulheres trabalham em turnos de até 16 horas, recebendo menos do que 10 centavos de dólares por hora nas chamadas sweatshops, fábricas sem as mínimas condições de seguranca e conforto. Segundo a autora, é impossível dizer quais são as marcas “sweatshop free”, já que quase todas elas, principalmente as da indústria da moda, mas também da eletrônica e até da indústria alimentar, fabricam seus produtos em países desenvolvidos.
No capítulo dezesseis, Klein faz uma análise de episódios ocorridos com três marcas: Nike, Shell e Mcdonalds, e detalha as práticas contratuais que essas empresas forcam nos países em que atuam, e como elas se negam a assumir a responsabilidade pelas consequências que as populações locais sofrem, argumentando que não têm controle sobre as companhias, que são contratadas para terceirizar suas produções.
Pontos de destaque
O livro mostra o trabalho de diversos grupos ao redor do mundo que lutam por causas sociais e traca um paralelo sobre acões descentralizadas e muitas vezes até com objetivos diversos, mas que acabam mudando a percepção das pessoas e pode forcar a mudança de comportamento das empresas.